quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aquela

Eu sou aquela que saiu de casa e mudou de cidade aos 21 anos pra dar seus passos sozinha. E hoje aos 24, mesmo ainda achando tudo muito complicado entende que a independência é a melhor coisa da vida.
Aquela que gosta de filmes, músicas, teatro, livros, fotografias, desenhos e cinema, eterna apaixonada pela arte e que vê encanto em tudo que existe.
Aquela que gosta de jeans, camiseta e all star, que usa chapinha, mas que foi obrigada a gostar dos cabelos ao natural, que parou de roer as unhas e se sente orgulhosa por isso.
Aquela que é intensa em tudo que faz, que vive as vezes por viver e outras tantas vezes pra viver, que ama os amigos que tem.
Aquela que nem sempre diz o que pensa e que pensa demais, que chora com filmes e livros, e que não viveria sem esse sentimentalismo bobo e barato.
Eu sou aquela que é viciada em chiclete de menta, chocolate, doce de banana, e coca-cola. Que prefere um abraço carinhoso a um beijo mal dado.
Aquela que muitas vezes se sente perdida, mas sempre acaba se encontrando, que não se acha linda e fica desconcertada com elogios.
Aquela que não tem uma banda preferida e que aprecia músicas de qualidade, que gosta de assistir TV, mas sempre acha que não passa nada de interessante na televisão.
Eu sou aquela que tem sonhos, alguns foram guardados na gaveta, mas nunca esquecidos, e outros são o motivo da sua existência.
Aquela meio confusa pra quem vê, mas simples pra quem conhece. Que não fala com qualquer um sobre a vida pessoal, mas que não sabe o que faria sem os bons amigos pra desabafar.
Aquela estressadinha que se acha invocadinha, que fica um capeta na TPM, e que tem um gênio muito complexo e de difícil convivência.
Aquela lerda que entende as coisas depois de alguns minutos e sempre se mata de rir sozinha quando percebe que a piada era de fato muito boa.
Eu sou aquela que tem preguiça de acordar cedo pra ir trabalhar, e que adora os Domingos e feriados nas Segundas-Feiras.
Aquela fulana, amada por muitos e odiada por tantos outros, que já se importou com o que os outros pensam, mas que hoje convive bem com isso.
Aquela menina mulher, que não aparenta ter a idade que tem, que gosta de coisas fofas, bichinhos gordinhos e que sonha em se casar.

Sou mãe, sou filha, amiga, namorada e pensante.
Sou boa, ruim, educada, estressada.
Sou forte, sou fraca, vulnerável ou uma fortaleza.
Sou menina, sou mulher.
Sou fogo, sou brasa, água, gelo e fumaça.
Afável, ácida, agridoce.
Alice, Dorothy, Tereza, Joana, Clarice, Florbela, Tarsila, Fernanda, Marilyn, Audrey, Frida, Coco... Amelie.
Sou a menina que roubava livros. A garota do pijama listrado. Sou uma fortaleza digital, um ponto de impacto. O símbolo perdido.

Sou a doçura do pequeno príncipe e a força da Anne Frank.

Ex fumante, sagitariana, apaixonada e feliz.

Sou aquela que sabe o quanto ser gente grande da trabalho. Mas que apesar de toda a trabalheira, tem suas recompensas. Afinal de contas, tem coisas que o dinheiro realmente não compra, mas pra todas as outras, sempre vai existir o tal do MasterCard.

domingo, 3 de abril de 2011

Intensidade De Sentimentos

Uma vez escrevi sobre o grande problema de ser intensa demais. Aleguei que assim o sofrimento torna-se demasiadamente grande. Hoje mais velha ainda penso que este é o grande problema da intensidade de sentimentos, porem, não é o unico.
As vezes não se consegue pensar. Os atos começam a ter vida própria e você não tem vontade de nada. Ver as pessoas é luxo. Mas ao mesmo tempo você quer gritar pra ver se assim sai algo preso da garganta. Você tem medo. Você sente um vazio preenchido por dor.
Suas noites ficam cada vez mais longas e o sono torna-se seu inimigo. Parece que nunca mais vai aparecer. Enquanto você sente suas forças diminuirem a cada momento, percebe que nem chorar você consegue mais.
A mente cheia de perguntas e pórens parece vazia. E é nesse momento que você busca refugio. Eu simplesmente escrevo. Escrevo cartas que nunca vou mandar e histórias que ninguém vai ler. Escrevo pra mim. Por mim. O sofrimento demasiadamente grande, simplesmente me leva a escrever.