quarta-feira, 30 de maio de 2007

Eu Vou

Era inverno em uma noite tipicamente fria, eu estava em casa jogada a solidão, vendo um filme que passava na tv ao qual me deixava em um estado profundo de tédio.
Enquanto minha cabeça dava voltas olhei pra tv e vi a mocinha rebelde pegar um avião rumo ao seu amado, nesse momento minha cabeça que estava obsoleta se voltou pra um só pensamento, eu me senti perdida, mais acomodada ao mesmo tempo.
O vento que antes me fazia sentir frio agora me proporcionava um bem estar incrível, eu estava aparentemente tranqüila mais me sentia completamente perturbada. Então acendi um cigarro e entre tragadas e pensamentos eu tentava me achar em meio toda aquela perturbação.
O cigarro então acabou aquilo foi como uma luz e enfim tomei uma decisão, “EU VOU”, gritei aos quatro ventos, então arrumei minhas coisas e fui, rumo a você, como a mocinha rebelde do filme.
O avião tinha cheiro de liberdade e essa decisão tinha gosto de dever cumprido. Assim que cheguei no meu tão sonhado destino, meu coração parecia bateria de escola de samba. Eu não conseguia colocar as idéias em ordem e de cabeça baixa fui pensando em tudo que estava acontecendo.
Quando olhei pra cima, lá estava você. E eu que pensava que meu coração não podia ficar mais acelerado, agora quase saia pela boca. Meu único pensamento foi correr, e corri, como jamais havia corrido na vida.
Abraçar-te sempre foi o que eu mais desejei durante todos esses anos, mais nesse momento o que eu mais queria era chegar perto de você.
Quando enfim conseguimos ficar frente a frente, tudo desabou e eu acordei chorando!